Após se comprometer no ano passado a atingir 50% de mulheres em seu quadro de funcionários, incluindo a liderança, até 2025, a XP busca agora a RM Consulting, de Rachel Maia, para acelerar o avanço da diversidade de gênero e ampliar a inclusão de negros, pessoas LGBT e com deficiência. A executiva é uma das raras personalidades negras que chegaram ao topo do mercado corporativo no Brasil, tendo passado pela presidência das multinacionais Tiffany e Lacoste no país.

Maia afirma que o primeiro passo será fazer um mapeamento dos desafios da empresa ouvindo funcionários e, a seguir, definir cronograma e metas. O processo envolverá capacitação sobre diversidade que começa na liderança e chegará a toda a equipe.

“É preciso ter claro que aumentar a diversidade é uma jornada, não é uma mudança feita de um dia para o outro.” A executiva diz que, para engajar todos na transição e enfrentar eventuais resistências, irá discutir aspectos históricos da falta de diversidade, vieses inconscientes e mudanças de comportamento.

Marta Pinheiro, diretora de ESG (práticas ambientais, sociais e de governança) da XP, diz que a participação feminina na companhia foi de 22% para 26% nos últimos seis meses.

A empresa abriu nesta semana cem vagas exclusivas para mulheres. Pinheiro diz que os bons currículos de candidatas que a companhia vem recebendo mostram que é falsa a ideia comum no mercado financeiro de que há poucas mulheres preparadas para trabalhar no setor.



Após revisões internas e apoio da Corall Consultoria, a Qualicorp afirma que 70% de seu quadro de funcionários atual é composto por mulheres. As profissionais também ocupam 55% dos cargos de liderança, segundo a administradora de planos de saúde.

As ações fazem parte do projeto de diversidade iniciado em outubro do ano passado. Em outra frente do programa, a participação de negros e pardos chegou a 30%. Já a parcela de pessoas com deficiência atingiu a cota obrigatória de 5% após 50 contratações em 2020.